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Canal lança obras inéditas em sua programação para jovens e adultos
Os fãs do cinema podem curtir novidades na telinha da TV Brasil no primeiro domingo de maio. A programação da emissora traz duas produções inéditas para telespectadores de todas as idades. Aventura e documentário pautam as estreias que entram em cartaz no início da tarde e no final da noite. O público ainda se diverte com um clássico da comédia nacional no meio da tarde.
As atrações da sétima arte iniciam às 14h com o longa-metragem "Zathura: Uma Aventura Espacial", na Sessão Família. Em seguida, às 16h, o humor tipicamente brasileiro provoca risadas com ao filme de comédia "Os Três Mosquiteiros Trapalhões", no Cine Retrô. Já o documentário "Esse viver ninguém me tira", sobre Aracy de Carvalho, com direção de Caco Ciocler, fecha a noite, às 23h, na faixa Cine Nacional.
"Zathura: Uma Aventura Espacial", às 14h, na Sessão Família
Uma incrível viagem no espaço agita a vida de dois irmãos que não se dão bem na trama da produção "Zathura: Uma Aventura Espacial", filme dirigido pelo ator e cineasta Jon Favreau que a TV Brasil estreia na Sessão Família, neste domingo (1º), às 14h.
Após se meterem em uma enrascada, os pequenos Walter (Josh Hutcherson) e Danny (Jonah Bobo) têm muitos desafios pela frente para se salvarem. A trama acompanha os problemas enfrentados pelos meninos depois quem encontram no porão de casa um misterioso jogo chamado Zathura.
Como são obrigados a passar o dia juntos na residência aos cuidados da rabugenta Lisa (Kristen Stewart), irmã mais velha deles, eles decidem disputar uma partida para passar o tempo. Os garotos não esperavam, porém, que o jogo fizesse com que a casa fosse magicamente arrancada da Terra.
A partir daí, os irmãos encaram muitas adversidades ao descobrir que tudo dentro de Zathura se torna real quando eles fazem uma jogada. Walter e Danny precisam conseguir chegar ao final do jogo para terem suas vidas de volta.
A aventura envolve muitas reviravoltas, o congelamento da irmã e até o aparecimento de um astronauta na história. Apesar de o enredo apresentar algumas similaridades, o filme não é uma sequência do longa-metragem "Jumanji" (1995), produção consagrada pela interpretação do icônico ator Robin Williams.
Ficha Técnica
Título original: Zathura: A Space Adventure. País: Estados Unidos. Ano: 2005. Gênero: aventura, infantil. Direção: Jon Favreau. Elenco: Jonah Bobo, Josh Hutcherson, Dax Shepard, Kristen Stewart, Tim Robbins, Frank Oz, John Alexander, Derek Mears, Douglas Tate, Joe Bucaro, Jeff Wolfe, Adam Wills. Inédito. 101 min. Classificação Indicativa: Livre.
"Os Três Mosquiteiros Trapalhões", às 16h, no Cine Retrô
Paródia do clássico de Alexandre Dumas, o filme "Os Três Mosquiteiros Trapalhões" é exibido pela TV Brasil na sessão Cine Retrô deste domingo (1º), às 16h. Sucesso da filmografia do grupo de humoristas formado por Renato Aragão, Dedé Santana, Mussum e Zacarias, a comédia faz uma sátira do livro francês.
Com um público superior à marca de 4 milhões de pessoas nas salas de projeção no país, a versão do quarteto para a obra original foi lançada em 1980 no circuito da sétima arte. A marca de espectadores garante ao longa, até hoje, a presença entre as 30 maiores bilheterias do cinema brasileiro.
A produção nacional faz uma releitura bem-humorada do romance francês. A piada começa pelo título que remete ao clássico "Os Três Mosqueteiros". Em vez de interpretar espadachins corajosos que protegem o trono, os Trapalhões Dedé, Mussum e Zacarias são, na verdade, um trio de matadores de mosquitos no filme.
A alusão à célebre trama se estende a diversas passagens do enredo e aos demais personagens encenados na comédia. O protagonista, por exemplo, é o intrépido e divertido Zé Galinha (Renato Aragão) que faz as vezes de D’Artagnan.
Ele até ganha o apelido de "Tratanhã". Com seu jeito simples, o engraçado tipo mora de favor no galinheiro que fica na área de uma enorme mansão. A propriedade remete ao território do reino francês da produção literária.
O dono da residência é o empresário Dr. Luís (Jorge Cherques), versão tupiniquim do monarca da coroa, Rei Luís XIII, casado com a sra. Ana Rocha (Rosita Tomáz Lopes), cônjuge que representa Ana de Áustria, a Rainha da França.
Apesar do prestígio e da postura altiva, a família enfrenta dificuldades econômicas para manter o padrão após diversas transações que não deram certo. Para salvar os seus empreendimentos, o industrial precisa lidar com o ambicioso Richet, referência ao Cardeal Richelieu, do livro de Alexandre Dumas.
O conflito se dá quando o perverso investidor impõe como condição para o negócio se casar com a filha do casal. A jovem Fernanda (Silvia Salgado) não deseja a união já que ela tem um namoro escondido com o pobre Duque (Pedro Aguinaga), em relacionamento consentido pela sra. Ana.
Para melhorar a imagem do companheiro e impressionar seu pai, a moça empresta ao parceiro um colar de esmeraldas da mãe. A ideia é que Duque empenhe a joia e, com o dinheiro, possa fazer aplicações e demonstrar riqueza para o futuro sogro. A peça é comercializada e, depois, obtida por contraventores.
Ao perceber o artifício, Richet exige que a dona da casa use o precioso adereço quando o vilão for assinar o contrato para fechar negócio com Dr. Luís. Funcionários da mansão, os três mosquiteiros – Dedé, Mussum e Zacarias – tem que contar com a ajuda de Zé Galinha para recuperar o valioso adorno.
Ficha Técnica
País: Brasil. Ano: 1980. Gênero: comédia. Direção: Adriano Stuart. Elenco: Renato Aragão, Dedé Santana, Mussum, Zacarias, Rosita Thomaz Lopes, Jorge Cherques, Denny Perrier, Pedro Aguinaga, Silvia Salgado, Wilton Vilar, Carlos Kurt, Edgard Franco. Reprise. 98 min. Classificação Indicativa: Livre.
"Esse viver ninguém me tira", às 23h, no Cine Nacional
Com direção de Caco Ciocler, o documentário inédito "Esse viver ninguém me tira" ganha estreia na programação de filmes da TV Brasil na faixa Cine Nacional deste domingo (1º), às 23h. A película traça um panorama sobre a atuação da brasileira Aracy Moebius de Carvalho no consulado nacional em ajuda a vários judeus durante a Alemanha nazista na tentativa de emigrarem para o Brasil.
Ainda jovem, ela se mudou para o país europeu com seu filho pequeno. Lá passou a trabalhar no consulado brasileiro exatamente quando a perseguição promovida por Hitler se tornou mais intensa. Foi, por assim dizer, a "Schindler brasileira", já que suportou toda a pressão e os riscos inerentes a seus atos para fazer aquilo que considerava correto: salvar vidas, da maneira que lhe fosse possível.
"Esse viver ninguém me tira". É a partir da marcante frase que o ator e cineasta Caco Ciocler inicia sua busca por Aracy de Carvalho Guimarães Rosa. Heroína anônima, morreu esquecendo e sendo esquecida, vítima do Alzheimer e de um país também sem memória. Única brasileira considerada uma justa entre as nações, viveu à sombra do marido famoso, o escritor João Guimarães Rosa.
Com pouquíssima documentação disponível sobre a trajetória de Aracy e impedido de falar sobre a relação dela com o marido, por questões de direitos autorais, o diretor joga luz sobre essa existência através de suas próprias motivações pessoais.
A produção obteve reconhecimento no Brasil e no exterior. O documentário dirigido por Caco Ciocler foi premiado em diversos festivais de cinema e foi incluído na seleção oficial de diversos eventos da sétima arte.
Ficha Técnica
País: Brasil. Ano: 2014. Gênero: documentário. Direção: Caco Ciocler. Inédito. 80 min. Classificação Indicativa: Livre.