‘Ninguém vai passar batido por esse filme. Ele vai te tocar e ficar reverberando’, diz Taís Araújo sobre ‘Medida Provisória’

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Em entrevista à jornalista Renata Boldrini, parceira da Ingresso.com, a atriz, que protagoniza a produção, e o diretor Lázaro Ramos reforçam a proposta de reflexão trazida no longa

A estreia de ‘Medida Provisória’ nos cinemas está marcada para esta quinta-feira, dia 14 de abril. E a atriz e protagonista do filme, Taís Araújo tem uma convicção: será impossível não o notar. “Ninguém vai passar batido por esse filme. Ele vai te tocar em algum lugar ou em muitos lugares e ficará reverberando na cabeça das pessoas”, garante.

A história se passa em uma realidade distópica: uma ordem de que todos os afrodescendentes se mudem para o continente africano. Para o diretor Lázaro Ramos, de fato, o ponto de partida da narrativa do filme é totalmente ficcional, mas conta que houve um exercício na hora de escrever a produção para trazer reflexões.

“Quais são os alertas que nós queremos levar ao público? Afinal, ali tem várias coisas que já aconteceram e muitas até acontecem hoje em dia. Violências, descrédito, silenciamento, enfim. Várias situações que não estão sob o nosso controle, mas já foram vivenciadas”, explica Lázaro.

Casal em cena

‘Medida Provisória’ marca a estreia de Lázaro Ramos como diretor de cinema. Casado há quase 18 anos com Taís Araújo, os dois já contracenaram juntos algumas vezes, mas ser dirigida pelo marido é uma experiência vivida apenas pela terceira vez para a atriz. Mas e os pitacos durante o processo, será que Lázaro gosta de receber?

“Olha, eu o deixava em paz. Quando ele começa um trabalho que é assim muito importante, nossa fica insuportável. Então eu nem converso, não quero nem saber”, brinca. “É um filme que eu queira muito fazer, a história que eu queria contar e com essas pessoas. Talvez tenha sido o roteiro do Lázaro que eu menos tenha participado”, complementa.

Taís ainda entrega o lado “diretor exigente” do marido. Aos risos, ela lembra de uma das tomadas que protagonizou e os seguidos pedidos do diretor Lázaro para repetir. “Teve uma cena que foi terrível. Eu fazia e ele já virava dizendo: não é isso, não é isso. Eu já não sabia mais o que eu podia dar. Aí depois ele me disse que queria uma cena mais sensorial. Bastava ter dito antes, né querido?”.

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