Os músicos paraenses Felipe Cordeiro e Pinduca (Crédito: Divulgação / Canal Curta!)
Documentário exclusivo mostra a diversidade musical do Pará, com Gaby Amarantos, Dona Onete e outros artistas
O cantor e instrumentista Felipe Cordeiro navega pelos rios do Pará para ir ao encontro de artistas que representam toda a diversidade rítmica daquele estado. Assim se desenrola o documentário “Ventos Que Sopram — Pará”, dirigido por Renato Barbieri, a ser exibido no Curta!, que está com sinal aberto através de seu site até o fim de fevereiro.
“O Pará é como se fosse um grande rio, muito caudaloso, cheio de vertentes sinuosas (...). A nossa música é exatamente isso”, introduz Felipe logo na primeira cena. O filme mostra a exuberância musical, natural, arquitetônica e histórica do estado, enquanto passeia por ritmos como o carimbó, o brega e o tecnobrega.
As raízes africanas, indígenas e sul-americanas — devido à proximidade de países como o Suriname e a Guiana Francesa — se mostram nesse “raio-x” da música paraense. O filme também relembra canções antigas e chega até uma nova geração de artistas que se utiliza da internet para divulgar seu trabalho e chegar a várias partes do mundo.
Além da apresentação de Felipe Cordeiro, a narrativa é conduzida também pelo historiador e professor Aldrin Figueiredo e por diversos artistas locais, como Gaby Amarantos, Dona Onete, Jaloo, Chimbinha, Pinduca, Curica e Manoel Cordeiro. Eles exaltam, sobretudo, o orgulho de pertencer àquela cultura e àquele pedaço às vezes esquecido do Brasil.
“Ventos Que Sopram — Pará” é uma produção da GAYA Filmes e da Olho Filmes, viabilizada pelo Curta! através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). O filme também está disponível no Curta!On, streaming do Curta! no NOW (da Claro/Net) e no Tamanduá.TV. A exibição é na Segunda da Música, 21 de fevereiro, às 22h30.
‘O Filme Perdido de Nuremberg’: o documentário usado como prova contra os nazistas
A cidade alemã de Nuremberg foi escolhida para sediar um tribunal que seria decisivo para a história do século XX. Ali, foram julgados alguns dos principais nomes do partido nazista, após a derrota da Alemanha na Segunda Guerra Mundial. Mas a justiça talvez não tivesse sido feita se não fosse pela exibição de imagens que mostraram ao júri os horrores praticados por Hitler e seus acólitos. Mais de 75 anos depois, o Curta! apresenta um documentário que conta uma parte dessa história: “O Filme Perdido de Nuremberg”, uma produção da ARTE France, com direção de Jean-Christophe Klotz.
Através de imagens coletadas pelos irmãos norte-americanos Stuart e Budd Schulberg entre os escombros de uma Alemanha destruída, foi possível identificar e provar a ligação de suspeitos com o partido nazista, além de se ter uma dimensão mais exata do terror promovido por eles, fundamentando as acusações que lhes pesavam. Essas imagens se uniram às do próprio julgamento e compuseram outro filme, chamado “Nuremberg: Uma Lição Para o Mundo de Hoje”, dirigido por Stuart Schulberg. O longa seria lançado nos cinemas dos Estados Unidos, mas foi cancelado por decisão de Washington e se perdeu até ser restaurado pela filha de Stuart, Sandra Schulberg, em um árduo trabalho realizado muitos anos depois. A exibição é na Sexta da Sociedade, 25 de fevereiro, às 23h.
Segunda da Música (MPB, Jazz, Soul, R&B) – 21/02
22h30 – “Ventos Que Sopram - Pará”
O músico Felipe Cordeiro nos leva a conhecer um rico quadro da cena musical do Pará, promovendo o encontro dos artistas mais representativos das cenas musicais “de raiz” e contemporânea. Com Dona Onete, Jaloo, Chimbinha, Pinduca, Curica, Manoel Cordeiro e Gaby Amarantos, “Ventos que Sopram - Pará" constrói um registro antológico da cena musical paraense. Direção: Renato Barbieri. Duração: 80 min. Classificação: Livre. Hor
Terça das Artes (Visuais, Cênicas, Arquitetura e Design) – 22/02
20h30 - “Instantes Cruzados” (Série) – Ep.: “Helenbar - A fotografia e a realidade”
No final do século XIX, surgiu a fotomontagem, um método artístico que abriu caminho para uma nova forma de pensar juntando imagens, ideias, misturando contrastes e criando significados. Valério Vieira foi um dos primeiros a trabalhar com essa técnica no Brasil. Helena de Barros é a convidada que debate com Milton Guran sobre a evolução no processo de manipulação de imagens. Direção: Sergio Bloch. Duração: 24 min. Classificação: Livre. Hor
Quarta de Cinema (Filmes e Documentários de Metacinema) – 23/02
22h30 – “Cidades Fantasmas” (Documentário)
Deserto chileno, Amazônia brasileira, Andes colombianos e Pampa argentino. Quatro destinos na América Latina onde as ruínas e o silêncio são o pano de fundo da nossa jornada. Alguns de seus antigos moradores ainda guardam na memória o que viveram ali e, através de relatos intimistas, evocam lembranças de um passado que não querem esquecer. Com um olhar contemplativo sobre o que restou, refletimos sobre o que deixamos e podemos deixar do nosso legado, entendendo que tudo pode ter um fim e que nada está livre da luta contra o esquecimento. Diretor: Tyrell Spencer. Duração: 71min. Classificação: 16 anos. Horários Alternativos: 24 de fevereiro, quinta-feira, às 2h30 e 16h30; 25 de fevereiro, sexta-feira, às 10h30; 26 de fevereiro, sábado, às 13h; 27 de fevereiro, domingo, às 21h.
Quinta do Pensamento (Literatura, Filosofia, Psicologia, Antropologia) – 24/02
23h30 – “Incertezas Críticas” (Série) – Episódio: “Jean-Luc Nancy”
Jean-Luc Nancy foi um grande filósofo francês. Autor de uma bibliografia extensa, ele concedeu um depoimento em Estrasburgo para explicar como a filosofia pode nos ajudar a compreender a vida, a arte e o amor no mundo contemporâneo. Diretor: Daniel Augusto. Duração: 26 min. Classificação: Livre. Hor
Sexta da Sociedade (História Política, Sociologia e Meio Ambiente) – 25/02
23h – “O Filme Perdido de Nuremberg” (Documentário)
O diretor Jean-Christophe Klotz sai em busca do filme “Nuremberg: Uma Lição Para o Mundo de Hoje”, registro histórico do julgamento de Nuremberg feito pelos irmãos Schulberg. Ele foi retirado de circulação nos Estados Unidos no pós-guerra, por razões geopolíticas, e desapareceu. Klotz conta a história por trás daquele filme e narra o incrível trabalho de busca por evidências dos crimes nazistas levado a cabo por Budd e Stuart Schulberg na Alemanha devastada pela guerra. As evidências encontradas pelos dois foram exibidas no Tribunal de Nuremberg e foram decisivas para a condenação dos criminosos. Foi a primeira vez que uma tela de cinema foi usada num tribunal. Diretora: Jean-
Sábado – 26/02
18h35 – “Luz e Sombra – Fotógrafos
Lauro Escorel é um dos mais conceituados diretores de fotografia brasileiros. Como cineasta, dirigiu o longa-metragem “Sonho Sem fim” (1985), prêmio especial do júri no Festival de Gramado, além de curtas e documentários. Seu trabalho em “Ironweed” (1987), de Hector Babenco, filmado nos EUA, lhe abriu as portas para o mercado norte-americano. No exterior, assinou a direção de fotografia de “Indecency” (1992), de Marisa Silver, “Dangerous Heart” (1993), de Michael Scott, e “Amelia Earhart: The Final Flight” (1994), de Yves Simoneau, entre outros. Em 1998, com Babenco, atuou na direção de fotografia de “Coração Iluminado”, que representou o Brasil no Festival de Cannes. É membro da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (AMPAS) e um dos fundadores da Associação Brasileira de Cinematografia (ABC). Direção: Betse de Paula, Jacques Cheuiche. Duração: 52 min. Classificação: Livre.
Domingo – 27/02
22h25 – "Som, Sol e Surf - Saquarema” (Documentário)
Em 1976, um grande show de rock, chamado "Som, Sol & Surf", aconteceu na praia de Itaúna, em Saquarema. Durante três dias, uma multidão de jovens, muitos acampados na praia, curtiu a música de Rita Lee, Ângela Ro Ro (sua primeira apresentação) e Raul Seixas, entre outros. São imagens raras com shows antológicos, assim como os costumes e práticas sociais da juventude daquela época em um país regido pela ditadura militar. O diretor Helio Pitanga resgata esses dias de rock and roll e de surf. Direção: Helio Pitanga. Duração: 80 min. Classificação: Livre.