Ficar em casa durante a pandemia ajuda a evitar a disseminação do coronavírus, mas pode ser perigoso para a saúde mental. O *“CNN Nosso Mundo”* desta *sexta-feira, 18 de fevereiro, às 22h30,* fala de um dos principais efeitos nocivos do home office: o *burnout*. “Nós somos feitos de hábitos, toda vez que mudamos algo aumenta o estresse e a ansiedade, e a pandemia foi um pouco mais do que isso” afirma o psiquiatra *Rodrigo Bressan*.
O médico, que é professor da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e do King 's College London, além de presidir o Instituto Ame Sua Mente, explica o que é a *Síndrome de Burnout* ou *Síndrome de Esgotamento Profissional*: “é uma sensação de esgotamento e falta de energia no trabalho e, uma das características do ambiente de trabalho que favorece seu aparecimento, é a que nunca reconhece o que o funcionário fez.”
Em conversa com as apresentadoras *Carol Nogueira , Rita Wu, Thais Herédia e Lia Bock*, *Rodrigo Bressan* ressalta que essa condição emocional vem afetando os trabalhadores mental e fisicamente ao redor do mundo, podendo até mesmo provocar um Acidente Vascular Cerebral (AVC). “A gente precisa tratar o cérebro como trata o coração", alerta o psiquiatra.
Segundo uma pesquisa feita com 15 mil trabalhadores de diversos países, pela empresa líder mundial de recursos humanos, *Adecco*, 38% disseram ter sofrido de *burnout* em 2021 e 32% relataram piora na saúde mental ao trabalhar à distância. Entre os líderes das gerações mais jovens o problema é mais grave, com 45% relatando que o trabalho em casa agravou o burnout, provocando deterioramento da saúde mental.
A situação levou a *Organização Mundial da Saúde (OMS)* a considerar o *burnout* como um quadro psiquiátrico de “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”. Dessa forma, o esgotamento passou a ser de responsabilidade das empresas.
O programa “CNN Nosso Mundo” é exibido às sextas-feiras (22h30), pela CNN Brasil.